O guardião do santuário da informação


Rio de Janeiro, Av. Rio Branco, Centro. O prédio é lindo. Para dizer o mínimo.
Sua fachada está em reforma, assim como boa parte da cidade que é um canteiro de obras a céu aberto, reformas, reparos e novas construções - a mais recente, inaugurada na semana passada tem um nome lindo e arquitetura idem: MAR - Museu de Arte do Rio. Além de exposições, também terá uma biblioteca. Vamos aguardar. Mas hoje, 12 de março, vou falar de outro prédio.

Inaugurado em 1910, o local pode ser considerado um santuário para os amantes da informação e da leitura. A Biblioteca Nacional do Brasil abriga mais de 9 milhões de itens, é a sétima maior biblioteca nacional do mundo e a maior da América Latina. É suntuosa.

O grupo de visita guiada das 14,30h já estava completo e eu teria que esperar por mais de duas horas para poder conhecer a biblioteca, se não fosse pela providencial desistência de uma senhora. Ufa! Obrigada, minha senhora - espero que não tenha perdido seu vôo!

São poucos minutos e muita história para que a curiosidade se encerre em uma visita, principalmente quando esta acontece no sábado e a maior parte da biblioteca está fechada para o público. Fotos, nem pensar. Somente a que ilustra este texto. O motivo, segurança. O guia explicou que existem quadrilhas especializadas no roubo de documentos históricos, por isso, nada de imagens.

Todos os livros publicados em solo brasileiro estão lá. Todos. A Biblioteca possui mais dois endereços, São Paulo e Brasília, para poder armazenar tudo o que possui. E o que ainda está por vir. Se você lançou ou irá lançar um livro, ele fará parte da coleção.
De um determinado ponto, temos a visão dos seus andares e de suas prateleiras. Alinhados, organizados, à nossa disposição livros e mais livros. O que for solicitado chega às nossas mãos por um dos elevadores. Entre nós e o elevador, o bibliotecário. Aquele que cuida, cataloga e armazena todas as informações - não, não é o Google que faz isso! ;-) Até para que o sistema de pesquisa virtual seja efetivo, alguém precisou catalogar muitas destas informações e o homenageado do dia, faz parte disso.

A data é uma homenagem ao primeiro bibliotecário concursado brasileiro, o recifense Manuel Bastos Tigre.

Biblioteca Nacional - RJ
saguão de entrada, busto de D. João VI
foto: Sylvia Beatrix

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